Minas Gerais ultrapassa número de vacinas aplicadas em todo o ano de 2024, com mais de 11,3 milhões de doses em 2025
O governador Romeu Zema destacou o esforço em levar a vacinação a todas as regiões do estado.
“A vacina está chegando a quem vive nas cidades, nos distritos e nas áreas rurais. Mantemos o foco na ponta, ampliando o acesso com estratégias como os vacimóveis e as ações nas escolas”, afirmou.
Além da ampliação dos locais de vacinação e das ações extramuros — quando os imunizantes são levados a espaços fora das unidades de saúde —, o governador destacou que o resultado é fruto da prioridade dada à imunização pela gestão estadual. O vice-governador, Mateus Simões, reforçou essa visão:
“Os resultados falam por si. Já ultrapassamos 11 milhões de doses aplicadas, cumprindo a missão clara do Governo de Minas: proteger todos os mineiros, sem deixar ninguém para trás”, declarou.
Participação da população
O bom desempenho também é atribuído ao engajamento da população. A secretária escolar Paula Diniz, por exemplo, aproveitou o recesso para atualizar a caderneta de vacinação dela e de sua filha, Maria Eduarda.
“Ela tomou a vacina contra a gripe e eu recebi a DTPa. É fundamental acompanhar as campanhas e manter tudo em dia”, disse.
Ingrid Souza, mãe do pequeno Renan, de 7 meses, também tem mantido o cartão de vacinas atualizado, sempre em diálogo com a pediatra:
“Nessa fase em que ele coloca tudo na boca, a vacinação é indispensável”, observou.
Vacinação onde o mineiro está
O expressivo aumento nas aplicações é resultado de uma mobilização coordenada pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG). Desde 2023, o governo estadual já investiu R$ 165 milhões em ações voltadas para ampliar a cobertura vacinal em locais de grande circulação, como escolas, creches, empresas e centros comerciais.
Atualmente, há 231 vacimóveis em circulação — veículos adaptados que funcionam como unidades móveis de vacinação —, os quais já foram responsáveis pela aplicação de mais de 204 mil doses em 240 municípios mineiros.
“Com os vacimóveis, conseguimos alcançar áreas de difícil acesso e públicos que raramente vão até os postos de saúde. É uma iniciativa que tem feito a diferença”, afirmou o secretário estadual de Saúde, Fábio Baccheretti. Ele também destacou a importância da parceria com os municípios mineiros:
“O crescimento nas aplicações é fruto do esforço conjunto com as prefeituras. Ampliamos os pontos de vacinação, reforçamos campanhas e levamos os imunizantes para mais perto da população.”
Resultados e metas
No primeiro semestre de 2025, Minas Gerais alcançou 92,79% de cobertura vacinal para a BCG, superando a média nacional, que foi de 89,06%. Em Belo Horizonte, a taxa chegou a 90,14%, com destaque para a realização de campanhas em empresas, escolas e grandes centros urbanos.
“Saltamos de coberturas em torno de 70% para níveis entre 80% e 85%, graças a estratégias descentralizadas”, explicou Paulo Roberto Lopes Corrêa, diretor de Promoção à Saúde e Vigilância Epidemiológica da capital.
Contudo, ele alerta: “Doenças que estavam controladas, como o sarampo, a coqueluche e a poliomielite, voltaram a circular em algumas regiões. Manter a cobertura elevada é essencial para evitar surtos.”
Para apoiar as equipes locais, universidades federais como a UFMG e a UFSJ promovem oficinas de planejamento e capacitação por meio dos Centros de Referência em Imunobiológicos Especiais (Crie), em parceria com a OPAS e a OMS.
Programa Mineiro de Imunizações (PMI)
Com o objetivo de coordenar e monitorar todas essas iniciativas, foi criado, em 2024, o Programa Mineiro de Imunizações (PMI), aprovado pela Comissão Intergestores Bipartite do SUS. Integrado ao Programa Nacional de Imunizações (PNI), o PMI estabelece metas, responsabilidades e indicadores específicos para os municípios mineiros.
“Nosso objetivo é recuperar os elevados índices de proteção da população. Por isso, reforçamos mais uma vez: a vacina é proteção coletiva e um compromisso com a vida”, frisou Baccheretti, que também fez um alerta sobre o combate à desinformação:
“Informações sem base científica podem confundir as pessoas. Por isso, sempre orientamos a busca por fontes oficiais e confiáveis.”
Fonte: Agência Minas