Ministério Público de Minas Gerais consegue condenação de mulher por maus-tratos a cães em Formiga

A ocorrência foi inicialmente denunciada por moradores vizinhos, em dezembro de 2021. Ao atender à denúncia, a Polícia constatou que a residência estava fechada, mas, por meio de uma abertura no portão, foi possível visualizar grande acúmulo de fezes e urina na varanda, além de cães confinados dentro da casa.

Três dias depois, uma nova vistoria foi realizada, desta vez com o acompanhamento de uma médica veterinária e de uma representante do Centro de Defesa da Vida Animal (Codevida). Na ocasião, apesar de o ambiente ter passado por limpeza parcial, ainda havia cães mantidos em espaços fechados e um dos animais apresentava sinais de debilidade, sem qualquer comprovação de que estivesse recebendo cuidados veterinários adequados.

Os moradores relataram às autoridades que os cães viviam em condições sanitárias precárias, com forte odor e infestação de parasitas, como carrapatos, que chegavam a invadir residências vizinhas. Queixas de barulho excessivo também foram registradas. Em fevereiro de 2022, novas denúncias foram apresentadas à Promotoria, com vídeos que mostravam a persistência da sujeira e das más condições no imóvel.

Durante seu depoimento, a acusada afirmou que se tratava de uma situação momentânea, argumento que foi considerado frágil pelo Judiciário. A reincidência em casos de acúmulo de animais e a negligência no tratamento dos cães foram consideradas circunstâncias agravantes na decisão.

Fonte: Ministério Público do Estado de Minas Gerais (MPMG)