Pará de Minas é presença garantida em curso sobre corrupção e grandes obras

Pará de Minas já é presença garantida no curso “Corrupção e Grandes Obras”, que será promovido a partir da próxima semana pela Transparência Internacional Brasil, em parceria com a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo e o Instituto Brasileiro de Auditoria de Obras Públicas. A organização do evento anunciou 90 vagas e recebeu 622 inscrições de todo o país. O processo de avaliação e seleção das candidaturas considerou diversos critérios, além de priorizar inscrições de jornalistas, ativistas, membros de organizações da sociedade civil e servidores públicos de órgãos de controle externo e interno.

A comissão organizadora também levou em consideração a diversidade racial e de gênero, assim como a inclusão de participantes de todas as regiões do Brasil. Entre os selecionados de Minas Gerais está a gerente administrativa do Observatório Social de Pará de Minas, Bruna Faria. Muito feliz com a conquista da vaga, ela está pronta para o curso que acontecerá de forma virtual, entre os dias 28 de março e 1º de abril. O conteúdo já foi definido e traz assuntos de grande relevância, principalmente levando-se em consideração que estamos em ano eleitoral.

Serão discutidos no curso temas como “Ascensão das empreiteiras à brasileira: uma história de corrupção e conquista da máquina estatal”, “Corrupção, grandes obras e preservação ambiental: conceitos e conexões”, “Financiamento de campanhas, lobby e conflito de interesse: a captura do setor público por grandes empresas e grupos econômicos”, “Compliance empresarial e acordos setoriais de integridade em infraestrutura”, “Riscos de corrupção e fraude em licitações e contratos”, dentre outros.

Nas últimas décadas a corrupção que permeia as grandes obras de infraestrutura em território nacional ficou evidenciada e os efeitos são muito preocupantes. Práticas como fraudes em contratos e licitações, financiamentos ilegais de campanhas, compra de influência em empresas estatais e outras más condutas desvirtuam os processos de tomada de decisão, aumentando os custos e promovendo a captura do Estado. Diante desse panorama, o curso pretende capacitar profissionais e membros da sociedade civil.