Quem era a costureira assassinada a tiros após solicitar redução do volume de som em festa vizinha, em Minas Gerais
Amigos e colegas de trabalho lamentaram profundamente a perda. Catarina Vieira, também costureira e amiga íntima da vítima, descreveu Patrícia como uma mulher excepcional em diversos aspectos.
“Patrícia era como uma filha para mim. Uma mãe exemplar, uma profissional dedicada e uma amiga sempre presente. Era uma pessoa alegre, generosa, enfrentava inúmeras dificuldades, mas mantinha sempre o sorriso no rosto. Sua ausência deixará um vazio imensurável”, declarou Catarina, visivelmente emocionada.
As duas compartilham quase uma década de convivência profissional, atuando lado a lado em uma confecção têxtil da cidade. Segundo Catarina, além do trabalho e das responsabilidades com os filhos — seis biológicos e um adotivo — Patrícia ainda encontrava tempo para oferecer apoio a quem precisasse.
“Ela confiava em mim para desabafar. Às vezes eu hesitava em dividir meus próprios problemas, porque ela era tão prestativa que sempre fazia questão de ajudar, mesmo diante das próprias lutas”, contou a amiga.
A imagem da amiga caída ao solo, coberta com um cobertor após o disparo fatal, causou profunda comoção. “A cidade inteira ficou em choque naquele sábado. Nunca imaginei passar por algo tão doloroso. Foi devastador”, concluiu Catarina.
Márcio Aparecido Pereira, presidente do Sindicato das Indústrias de Confecção de São Gonçalo do Pará, também prestou homenagens à vítima, destacando sua conduta exemplar no ambiente de trabalho:
“Patrícia sempre foi uma funcionária comprometida, uma mulher determinada, íntegra e extremamente responsável. Trata-se de uma tragédia lamentável”, afirmou.
O caso segue sob investigação da Polícia Civil de Minas Gerais. As autoridades continuam as diligências para localizar e prender o autor do crime, que permanece foragido.
Fonte : G1 Centro-oeste