Internacional

Dois americanos e um britânico ganham o Nobel de Medicina pela descoberta do vírus da hepatite C

A Academia Sueca anunciou nesta segunda-feira (5) que os americanos Harvey J. Alter e Charles M. Rice e o britânico Michael Houghton são os ganhadores do Prêmio Nobel 2020 em Medicina pela descoberta do vírus da hepatite C. A doença, para a qual ainda não existe vacina, é uma inflamação do fígado, que pode se tornar crônica e causar câncer, levando à morte. 

Os estudos do virologista Harvey J. Alter de hepatite associada a transfusões de sangue demonstraram que um vírus desconhecido era uma causa comum de hepatite crônica. O também virologista Michael Houghton utilizou uma estratégia não testada para isolar o genoma do novo vírus, batizado de vírus da hepatite C. 

Em 1960, um cientista chamado Baruch Blumberg determinou que uma forma da hepatite transmitida pelo sangue era causada pelo vírus da hepatite B. Blumberg venceu o Nobel de Medicina em 1976 pela descoberta. A maioria dos casos de hepatite transmitida pelo sangue continuava sem motivo claro.

A descoberta do vírus da hepatite C, em 1989, revelou a causa dos casos restantes de hepatite crônica e possibilitou exames de sangue e novos medicamentos que salvaram milhões de vidas. Segundo o comitê do Nobel, a OMS estima que mais de 70 milhões de casos de hepatite são diagnosticados todos os anos, causando 400 mil mortes anuais.

No Brasil, um modelo matemático desenvolvido em 2016 estimava que cerca de 657 mil pessoas tinham infecção ativa pelo vírus da hepatite C, e, portanto, indicação de tratamento. Entre os anos de 1999 a 2018, foram notificados 359.673 casos da doença no Brasil, segundo o Ministério da Saúde.

Fonte: Agências

Imagem: Cláudio Bresciani / AP

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