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Lotada na 19ª Cia Independente, aspirante Angélica Bellard comenta sobre os 40 anos da participação feminina na Polícia Militar de Minas Gerais

Lotada na 19ª Cia Independente, aspirante Angélica Bellard comenta sobre os 40 anos da participação feminina na Polícia Militar de Minas Gerais

Em comemoração aos 40 anos da participação feminina na Polícia Militar de Minas Gerais, a reportagem do Achei Pará de Minas conversou com a aspirante Angélica Bellard, 32, que está lotada  na 19ª Companhia Independente de Pará de Minas, para falar sobre o assunto.

Natural de Onça do Pitangui, Angélica disse que a paixão pela profissão começou quando ela ainda era criança. “Meu pai tem um escritório de advocacia em Divinópolis e eu tinha a oportunidade de ver policiais femininas atuando na cidade e achava aquilo muito bacana”, ressaltou a policial.

Formada no curso de Direito, Angélica teve o sonho de se tornar policial impulsionado por uma amiga. “Eu fui agente penitenciária no sistema prisional de Divinópolis. Esta minha amiga, que já era soldado, me incentivou para seguir a carreira. Foi aí que eu decidi fazer o concurso  para oficial da Polícia e fui aprovada”, destacou Angélica.

O Curso de Formação de Oficiais foi realizado por Angélica em Belo Horizonte e durou dois anos e meio. “Durante todo o curso eu tive a oportunidade de fazer vários estágios na capital e cidades como Ribeirão das Neves e Contagem. Após a formatura foi feita a distribuição dos formandos para todo o estado e, graças a Deus, deu  tudo certo e eu vim para Pará de Minas”, afirmou a policial.

Ao comentar sobre os 40 anos da participação feminina na Polícia Militar de Minas Gerais, Angélica destacou que as policiais já demonstraram que podem fazer as mesmas funções que os homens. “A mesma função que um homem exerce a mulher também pode exercer. Não existe distinção de salário ou de função, seja administrativa ou operacional”, declarou a aspirante.

“É muito importante o papel feminino na Polícia Militar e na segurança pública em geral. A mulher trouxe mais sensibilidade para a corporação. Tem certas ocorrências que envolvem, por exemplo, mulheres e crianças, que talvez o policial vai ter mais dificuldades para atuar. Podemos ter um papel importante na assistência para estas vítimas”, declarou Angélica.

A aspirante lembrou que na região trabalham seis policiais femininas, sendo cinco na sede, na 19ª Cia Independente, e uma em Maravilhas. “Atualmente, dos concursos que abrem para a Polícia Militar, 10% das vagas são destinadas às policiais femininas. É um número pequeno, mas aí lembramos de como era a participação feminina há 40 anos”, disse a policial.

“Eu acredito que temos muito para acrescentar para a Polícia Militar. Nós desempenhamos um papel muito importante na hora de lidar com vítimas que sofreram, por exemplo, violência doméstica. Essa sensibilidade vai ser muito importante para a corporação nos próximos anos”, declarou Angélica.

Em Minas Gerais, após Decreto 21.336 de 29 de maio de 1981, foi regulamentada a inclusão da mulher nos quadros da Polícia Militar, com a edição de normas visando a seleção e matrícula de 120 mulheres no primeiro Curso de Formação de Sargentos Femininos.

Confirmando as palavras da aspirante Angélica, a introdução da polícia feminina no Brasil teve como exemplo a experiência europeia e americana, onde se constatou o desempenho feminino na solução de questões relacionadas a ocorrências envolvendo mulheres e menores, de polícia preventiva e missões assistenciais.

Texto: Antônio Anderson

Foto: Achei Pará de Minas

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