Saúde

Minas Gerais registrou aumento de mortes pela Covid-19 entre mulheres, brancos e jovens saudáveis

Minas Gerais registrou aumento de mortes pela Covid-19 entre mulheres, brancos e jovens saudáveis

Matéria publicada nesta quarta-feira (14) pelo O Tempo com base em informações do Ministério da Saúde mostrou um aumento no número de mortes pela Covid-19 em Minas Gerais de mulheres, brancos e jovens saudáveis. Os óbitos pelo novo coronavírus mais que triplicaram, de 1,4 para cinco por dia, entre os jovens de 20 a 40 anos, e de oito para 23 (196%), entre os adultos de 40 a 60 anos.

“As hipóteses para o aumento são relacionadas às variantes que estão circulando em quase todo o país. Há não só um número maior de pessoas mais jovens doentes, mas de óbitos. É uma tendência preocupante que estamos monitorando, daí a importância de uma vacinação mais rápida e completa”, argumenta Denise Pimenta, pesquisadora da Fiocruz Minas. 

Também chama atenção o maior percentual de vítimas que não apresentavam comorbidades prévias ao contágio pelo novo coronavírus. Pacientes sem histórico de doenças correspondiam a 16,5% dos falecidos no ano passado e, agora, são 22,8%, com um aumento de oito para 26 óbitos diários dentro deste grupo no Estado.

De acordo com a reportagem, a análise dos registros de óbitos do Ministério da Saúde mostra que os pacientes declarados negros ainda são a maior parte das vítimas do novo coronavírus. O percentual de brancos entre os falecidos, porém, teve o maior aumento, passando de 41,8% para 44,3% do total na comparação entre o ano passado e 2021, aproximando esse índice da proporção geral de brancos observada na população mineira (45,4%), segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 

Além do relaxamento das medidas de prevenção entre os jovens, outra hipótese para esse aumento na população declarada branca é que o colapso na rede particular tenha elevado em alguma medida as mortes nesse grupo, considerando-se a relação entre raça e classe social no país.

Em Minas Gerais, 72% das pessoas que se declaram pretas ou pardas estão entre os 10% com menor renda, de acordo com o IBGE. Os dados do governo federal não permitem precisar a faixa de renda dos mortos pela Covid-19, porém a especialista em saúde pública da UFMG Waleska Caiaffa pondera que a classe social, marcada pela raça no Brasil, é um fator de peso na pandemia. 

A análise dos dados do Ministério da Saúde também mostra que a segunda onda da pandemia de coronavírus está matando mais mulheres. Elas eram 43,4% das vítimas no ano passado e agora representam 47,1% dos óbitos confirmados.

Fonte: O Tempo

Foto: Reprodução da Internet

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