Saúde

Wagner Magesty afirma que contaminação no município pela Covid-19 superou todas as expectativas

Wagner Magesty afirma que contaminação no município pela Covid-19 superou todas as expectativas

Em entrevista à imprensa nesta terça-feira (29), o secretário municipal de Saúde de Pará de Minas, Wagner Magesty, afirmou que o estágio de contaminação no município pela Covid-19 superou todas as expectativas. De acordo com ele, quando todo mundo acreditava que existiria um pico em julho, ele veio em dezembro. Wagner Magesty citou como exemplo o atendimento de pacientes no hospital Padre Libério.

"O hospital Padre Libério é um termômetro que a gente tem. Antes tínhamos entre 600 e 700 atendimentos mês na unidade. Até ontem (28) nós já atendemos 1.746 pessoas. Isso mostra que a população tem se contaminado e não tem mantido a regra de isolamento. A população relaxou e não está mais tomando medida protetiva domiciliar", afirmou o secretário de Saúde.

Wagner Magesty destacou o grande número de jovens que têm contraído a doença em Pará de Minas. "Observamos que houve um aumento dos casos com  jovens entre 18 a 30 anos. Inclusive temos casos de entrada no nosso serviço de saúde em estado grave. Antes, a gente não tinha paciente que chegava em nossas unidades com esta idade necessitando, por exemplo, de entubação", destacou o secretário, que confirmou a lotação dos leitos de CTI do Hospital Nossa Senhora da Conceição.

"O HNSC tem dez leitos de CTI, sendo que sete estão ocupados por pacientes de Pará de Minas e três por pacientes da outros municípios da microrregião. Por tudo isso, a sociedade precisa entender que só através de um comportamento conscientes poderemos conter o avanço do vírus", declarou Wagner Magesty, que nesta quarta-feira (30) vai participar da reunião do Comitê Estadual de Combate à Covid-19.

"Existe um indicativo de que todos os municípios vão passar para o Onda Vermelha do plano Minas Consciente, situação que permite a abertura apenas de estabelecimentos essenciais. Vamos aguardar para ver o que governo vai decidir", destacou o secretário, que aproveitou para deixar um recado para as pessoas que estão planejando fazer festa na virada do ano.

"Sabemos que tem muitos eventos marcados e os responsáveis podem se preparar porque vai haver punição. Na reunião de hoje do Comitê ficou determinado que este eventos estão proibidos e a Secretaria de Saúde não vai se furtar do poder de fiscalização e tomará todas medidas de contenção possível", ressaltou Wagner Magesty, que também comentou sobre a informação de que profissionais de saúde de Pará de Minas estão sendo afastados do serviço por causa da doença.

"A doença tem levado ao limite a capacidade de atendimentos dos profissionais de saúde. Um exemplo é a Unidade Básica de Saúde do bairro Nossa Senhora da Graça, que conta com 13 funcionários municipais e cinco agentes comunitários. Deste 18 servidores, oito estão afastados. Isso acaba gerando uma mudança de logística que realmente nos preocupa", declarou o secretário.

Wagner Magesty ressaltou à imprensa que já existem alguns medicamentos anunciados que tiveram resultados satisfatórios no combate à Covid-19 e que em breve vai vir a vacina, mas que enquanto isso não acontece é preciso diminuir os índices de casos da doença. "Não podemos deixar Pará de Minas entrar em uma rota que perca o controle. Por isso precisamos tomar medidas mais extremas de contenção e isolamento social", declarou o secretário.

Na reunião do Comitê Municipal, a Secretaria Municipal de Saúde apresentou um pedido para que entre os dias 5 e 15 de janeiro as atividades consideradas não essenciais no município fossem proibidas. "Era a nossa vontade. Porém o comitê entendeu que a gente precisa aguardar as regras do Minas Consciente", declarou Wagner Magesty. Por último, ele foi questionado sobre os números desencontrados dos casos da Covid-19 em Pará de Minas.

Segundo Wagner Magesty, todos os pacientes que dão entrada nos diversos serviços de saúde, sejam eles públicos, suplementar ou particular, são registrados em uma plataforma do governo que depois encaminha as informações para a vigilância epidemiológica do município. "Todos os dados de atendimento médico são cadastrado. Os casos suspeitos e confirmados são encaminhados para os municípios, mas o tempo de resposta dos exames acaba demorando devido aumento demanda", declarou o secretário de Saúde.

Texto: Antônio Anderson

Foto: site do Hospital Nossa Senhora da Conceição (o secretário Wagner Magesty com o prefeito Elias Diniz)

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