Proteção essencial: campanha de vacinação antirrábica em cães e gatos tem início em Minas Gerais
Gratuita e confiável, a vacina representa o meio mais eficaz de prevenir a raiva — enfermidade viral extremamente grave, com índice de letalidade próximo de 100% tanto em seres humanos quanto em animais. Cada município é responsável por estabelecer seu calendário e o Dia D de vacinação. Por isso, os tutores devem manter-se atentos às informações divulgadas pelas secretarias municipais de Saúde.
“A vacinação antirrábica é fundamental para resguardar não apenas os animais, mas também a saúde da população. É imprescindível que a cobertura vacinal atinja áreas urbanas e rurais”, ressalta Aline Lara Cavalcante, superintendente de Vigilância Epidemiológica da SES-MG.
Meta e organização da campanha
O objetivo é vacinar pelo menos 90% da população animal estimada em 3,48 milhões de cães e aproximadamente 648 mil gatos. Para atingir essa meta, a SES-MG irá distribuir mais de 4,2 milhões de doses aos municípios, por meio das Unidades Regionais de Saúde.
Cada cidade define sua própria estratégia de aplicação da vacina, considerando as particularidades de seu território. Em Santa Luzia, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, por exemplo, o Dia D na área urbana será em 23 de agosto, enquanto a imunização na zona rural terá início duas semanas antes, com visitas diretas às propriedades.
“Estamos mobilizando os agentes comunitários de saúde, ajustando a logística e promovendo ampla divulgação para assegurar que todos os tutores saibam quando e onde vacinar seus animais”, explica Viviane Moreira, médica-veterinária responsável técnica no município.
Compromisso que preserva vidas
Para a analista de crédito Adriana Almeida Correia, de 52 anos, participar da campanha anual de vacinação já se tornou um hábito consolidado.
“Tenho três animais — a Lua, o Raio e a Luna. Todos os anos, levo os três para vacinar pelo SUS. É uma forma de cuidar deles e também de proteger a minha família”, afirma.
A gravidade da raiva
A raiva é uma doença viral causada por um agente do gênero Lyssavirus, que compromete o sistema nervoso central, levando à inflamação cerebral progressiva e fatal. A transmissão ocorre, sobretudo, por meio de mordidas, arranhões ou lambidas de animais contaminados.
Os primeiros sinais da doença em animais incluem alterações súbitas de comportamento, salivação excessiva, dificuldade para engolir, perda de coordenação motora e sensibilidade exagerada à luz.
“Qualquer comportamento incomum deve ser avaliado por um médico-veterinário. Em caso de suspeita de raiva, o animal deve ser mantido isolado, com acesso a água e alimento, e a secretaria municipal de Saúde deve ser imediatamente comunicada”, orienta Mariana Gontijo de Brito, coordenadora de Zoonoses da SES-MG.
Prevenção vai além da vacina
Embora a vacinação seja a principal forma de prevenção, outras atitudes cotidianas também contribuem para evitar o contágio pela raiva. A atenção a situações de risco, o cuidado com a criação dos animais e a responsabilidade no manejo de cães e gatos fazem parte de um conjunto de ações que protegem tanto os bichos quanto as pessoas.
Fonte: Agência Minas
