Trump assume presidência dos EUA com foco em conservadorismo e apoio empresarial
Donald Trump foi empossado nesta segunda-feira (20) como o 47º presidente dos Estados Unidos, marcando seu retorno à Casa Branca após vencer as eleições de 2024 contra Kamala Harris. A cerimônia, realizada no Capitólio, reuniu líderes ultraconservadores e magnatas do setor empresarial, destacando a agenda prioritária de seu novo governo: políticas anti-imigração e benefícios fiscais direcionados ao Vale do Silício.
Entre os convidados estavam os presidentes Javier Milei (Argentina) e Viktor Orbán (Hungria), além de empresários como Elon Musk, Jeff Bezos e Mark Zuckerberg. Em contraste, líderes como Vladimir Putin e Ursula von der Leyen não foram convidados. O presidente Lula também ficou de fora da lista, sendo representado pela embaixadora do Brasil em Washington, Maria Luiza Viotti.
Trump iniciou o mandato assinando uma série de ordens executivas, incluindo medidas para endurecer as políticas migratórias, retomar a construção do muro na fronteira com o México e criar benefícios fiscais para grandes empresas de tecnologia. Outras ações incluem decretos que podem levar os EUA a abandonar o Acordo de Paris, além de flexibilizações regulatórias para o setor de energia.
Diferentemente de seu primeiro mandato, Trump retorna ao poder sem a influência de figuras experientes do Partido Republicano, optando por uma gestão mais independente e alinhada com seus interesses e os de seus aliados. “Será um governo de superconservadores e magnatas, sem espaço para políticos tradicionais”, destacou Leonardo Trevisan, professor de Relações Internacionais da ESPM.
A vitória de Trump em 2024 consolidou sua base eleitoral, superando a democrata Kamala Harris tanto no número total de votos quanto no Colégio Eleitoral. Após enfrentar processos judiciais que ameaçavam sua liberdade, o republicano assume a presidência com maior legitimidade e confiança em seu poder político.
Com planos de choque imediato, Trump pretende reforçar a agenda conservadora e solidificar o apoio de sua base, em um mandato que promete ser tão polêmico quanto seu primeiro, mas com maior controle sobre os rumos de seu governo.